Etapa 4: de Pontevedra a Caldas de Reis
Esta etapa foi uma das mais longas com a distância de mais ou menos 23 quilómetros. Por esse motivo saímos cedo de Pontevedra e felizmente, a chuva do dia anterior deixou de nos perseguir.
A saída do centro histórico de Pontevedra é feita pela Ponte Pedonal O Burgo e um pouco mais à frente, já numa zona de terra batida, encontra-se o desvio para todos os que pretendem fazer a variante espiritual do Caminho de Santiago. Nós não seguimos pela variante porque nos iria aumentar os dias de viagem.
A etapa é longa, mas não é das mais difíceis. Os primeiros 10 quilómetros são feitos entre bosques e em caminhos de terra batida com muitas poucas localidades e locais para comer. Já perto do final dos 10 quilómetros e quando o percurso segue ao lado de uma linha de comboio, que teremos que atravessar encontramos a Pousada do Peregrino, que serve refeições e bebidas. Aqui, na sua esplanada, aproveitamos o sol e a alegria de todos os caminhantes que enchiam este espaço. As nacionalidades eram mais do que muitas, incluindo obviamente, nacionalidade portuguesa.








Os quilómetros seguintes foram feitos por estradas, caminhos de terra e vinhas antigas.
Chegados a Caldas de Reis, atravessamos a ponte bonita e antiga ponte sobre o Rio Umia. O tempo estava muito melhor e aproveitamos para conhecer esta cidade termal. Perto da Ponte há umas termas e há frente do edifício das termas podemos observar a temperatura a que a água brota do subsolo. Ali perto existe a famosa fonte termal onde os vários caminhantes podem confortar os seus pés. Visitamos ainda a sua Catedral e passeamos junto ao rio.



Etapa 5: de Caldas de Reis a Padrón
A nossa 5ª etapa foi uma etapa exigente e muito bonita. Feita essencialmente em terra batida, desde a saída de Caldas de Reis, percorremos o campo e posteriomente uma zona de serra, com o seu enorme e verde arvoredo. A nos acompanhar ao longo dos seus 19 quilómetros esteve sempre presente a água, as fontes, os riachos e as ribeiras.
Ao longo do percurso encontramos sempre imensas capelas, igrejas e cruzeiros. Estes monumentos religiosos são muito característicos da paisagem na Galiza e encontram-se espalhados ao longo de todo o percurso, sendo que cada é diferente. Eles abençoam os peregrinos na sua viagem para Santiago de Compostela.





A parte final do percurso é a menos interessante, uma vez que perto de Pontecesures deixamos de ter como pano de fundo o verde e voltam a cruzar-se no nosso caminho as zonas industriais e as estradas movimentadas.
Chegado a Padrón, fomos presenteados com uma feira, junto ao Rio Sar. Além da sua parte história, relacionada com a tradição do caminho de Santiago, não foi uma cidade que nos cativou.

No entanto, não podemos deixar de conhecer a Igreja de Santiago de Padrón, icone da tradição jacobeia, onde segundo a lenda, se encontra a pedra que na qual foi presa a barca que transportou os restos mortais do Apóstolo Santiago desde Jaffa até Padrón.
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